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O FEIXE DA CARUMA
O feixe da caruma! Que humildade!
São folhas mortas que o pinheiro enjeita,
Ou que o vento cruel por terra deita,
Que se calcam sem dó nem piedade.
Mas, sendo o sentimento da bondade
Aquele que aos humildes mais se ajeita
São para os pobres a caminha estreita,
São a vida, o calor, a claridade.
O feixe de caruma! Se Maria,
Virgem de Nazaré, Nossa Senhora,
Tivesse tido a estranha fantasia
(Perdão para esta audácia pecadora)
De dar à luz na nossa freguesia,
De caruma cobria a manjedoura…
Acácio de Paiva
Poeta leiriense
(1863-1944)
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