quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CANTOS TERNURENTOS


No Centro Comercial-desenho de Clementina Antunes/09


Ela, de malinha preta fora do figurino, cabelo fino apanhado em carrapito.
Ele, de calça coçada escura e careca luzidia.
De baixa estatura, pernas arqueadas pelo peso dos anos, caminham vagarosamente indiferentes ao bulício da cidade ociosa em tarde de Verão tardio.
Têm, seguramente, muito mais de sessenta mas naquelas mãos entrelaçadas cabem mil anos de ternura...

Doces gestos que se repetem no entardecer da vida...

Clementina Antunes/09

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